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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Demissão após denúncias é erro político do governo Tarcízio Pimenta

Esta semana, uma dirigente de unidade do CAPS, Robervânia Almeida, lamentava, em entrevista ao radialisa Dilton Coutinho, de comentários, nos meios políticos, de que ela estaria atuando em linha contrária ao prefeito Tarcízio Pimenta. Administrando uma unidade do CAPS desde a gestão de José Ronaldo, ela disse que se mantinha fiel ao novo governo e repudiou essas especulações. Robervânia é uma das pessoas que assinam documentos reclamando da qualidade da alimentação servida para servidores da rede de saúde. A AMA Silva, fornecedora das refeições, venceu licitação para continuar prestando o serviço, mas o processo não foi homologado pelo prefeito Tarcízio. Acertadamente, ele preferiu anular a licitação e fazer uma outra, contratando agora uma empresa do ramo de tiquete-refeição. O Governo já demitiu pelo menos dois dos que assinaram documentos reclamando da comida da AMA Silva, cujas cópias foram parar nas mãos do vereador oposicionista Roberto Tourinho, que fez as denúncias na Câmara, causando a reação do prefeito. Salvo engano, Robervânia está entre os exonerados. Tourinho, indignado, diz que o governo justifica que a medida é adotada devido ao vazamento de informações, que chegaram até ele. "Querem jogar essas pessoas contra mim", reage o vereador. Ele garante que não recebeu documento algum dos dirigentes e que nem mesmo os conhece. Os que reclamaram da AMA Silva por escrito deviam tê-lo feito ao secretário de Saúde, diretamente. Se assim não fizeram, cometeram um equívoco. No entanto, suas demissões também são um erro político. Não mentiram quando protestaram da qualidade das refeições. De algum modo, fizeram a defesa do interesse público. Não se trata de jogar alguém contra o vereador. Mas demitir esses ocupantes de cargo de confiança dias após as denúncias e argumentar que a decisão já havia sido tomada antes do fato é algo que não convence a ninguém.